Dezenas de servidores da educação de Santa Luzia, lotaram o plenário da Câmara Municipal, durante a tarde desta quinta-feira (21), vairam o secretário de educação e cobraram a valorização da categoria, que está em estado de greve na cidade.

Marcada pela superlotação da casa legislativa, a audiência pública da Comissão de Educação, contou com mais de 150 pessoas dentro do prédio, entre professores, profissionais de apoio, pais e mães de alunos, além de autoridades, como os próprios vereadores e secretários de governo.

Na porta da câmara, uma faixa foi estendida, com a frase “Educação em Luta”, e a reunião foi marcada pela presença dos vereadores Paulo Bigodinho, Paulo Cabeção, Wander Carvalho, Ilacir Bicalho, Junin do Lau, Nandinho (Presidente da Comissão), Waguinho (Presidente da Casa), Glayson Jhonny, entre outros.

Faixas e cartazes também foram levados para dentro do plenário, pelo público, com os dizeres “Educação inclusiva, já”, “Não a terceirização”, “Cacapitismo não é brincadeira”, entre palavras de ordem e o anúncio de uma greve da educação.

Ao ter espaço de fala, o secretário de educação, Sérgio Mendes, assumiu que sim, terá renovação de contratos da categoria e foi amplamente criticado ao afirmar que não vai manter pessoas “ruins de serviço”, que pegam “muitos atestados” ou até mesmo “trabalham em cidades vizinhas”.

Sérgio ainda tentou sair no meio da reunião alegando ter outro compromisso, com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), mas ficou no seu assento após ser hostilizado e ter uma das manifestantes o colocando de volta na cadeira e pedindo a ele para ficar e ouvir os pais e mães de alunos, além dos educadores.

Em destaque, os vereadores Wander e Bigodinho protagonizaram a discussão, entre vaias e aplausos, Bigodinho criticou amplamente a prefeitura, enquanto Wander, que é da base do governo, não mudou o discurso e afirmou que mesmo se não fosse vereador, iria como advogado, representar a categoria.

Após muita confusão, gritaria, discussão e palavras de ordem, a audiência terminou com a definição de que será montada uma Comissão Especial para discutir a renovação dos contratos dos Profissionais de Apoio, que vencem em maio. Os próximos rumos do movimento grevista, que foi considerado pela justiça como “inconstitucional”, ainda não foram definidos pelo sindicato.