O agente da Guarda Municipal de Belo Horizonte, Daniel Thadeu de Paula Rosalino, preso pela Polícia Militar após apontar uma arma de fogo em direção a clientes e funcionários de um bar, na Av. Brasília, já está na Delegacia de Plantão da Polícia Civil de Santa Luzia.
Sob escolta policial, Daniel foi levado para a Central de Flagrantes (CEFLAN), por volta das 06h30, detido dentro de uma caminhonete da Guarda Municipal de Belo Horizonte. Todo o trajeto foi acompanhado pelo nosso jornalismo.
Devido a escolta, em questão de minutos as viaturas chegaram até a Delegacia de Plantão, localizada dentro do Complexo Poliesportivo, onde o agente foi deixado a disposição da justiça e deve ser ouvido por um delegado, nas próximas horas.
A arma utilizada por ele, juntamente com as 17 munições intactas que foram apreendidas também foram entregues a Polícia Civil que deverá ficar a frente das investigações.
| ENTENDA O CASO
Um agente da Guarda Municipal de Belo Horizonte, Daniel Thadeu de Paula Rosalino, foi preso em flagrante pela Polícia Militar após apontar uma arma de fogo contra clientes e funcionários de um bar, localizado na Av. Brasília, na altura do bairro São Benedito, durante uma confusão, na madrugada desta segunda-feira (11), em Santa Luzia.
De acordo com o sargento Meneses, da 71º CIA da PMMG, ao serem acionados via 190, rapidamente sua viatura se deslocou para o Galpão Bar & Bilhar, contudo, ao chegarem no local, os militares não conseguiram localizar o guarda que teria fugido ao perceber que a polícia havia sido acionada. Por isso, apenas colheram os relatos da vítimas, sendo elas, clientes, funcionários, a gerente e o dono do estabelecimento.
Em seguida, voltaram a patrulhar pela região, quando foram acionados novamente via 190, com a informação de que o homem teria voltado ao local armado. Ao chegarem no local, se depararam com Daniel já descendo de um Fiat Siena, com um volume na cintura e foi necessário muita negociação até que ele assumisse que estava armado e permitisse que os policiais o desarmasse.
Ao ser questinado o porque estaria armado, ele afirmou que era Guarda Municipal e apresentou um documento, sendo preso em flagrante, pelo crime de ameaça, e tendo sua arma, calibre 380, apreendida com 17 munições intactas.
Apesar de não terem aceitado gravar entrevista, a gerente do bar e o dono, conversaram com o repórter Natanael Jonathas, e afirmaram que o homem teria já chegado no local exaltado, começou uma discussão com outro cliente, quando a gerente tentou separar a briga e acabou sendo agredida.
Na sequência, o dono do bar, que também é seu irmão, partiu para cima do agente, que sacou sua arma e começou a ameaçar o dono, a gerente, funcionários e clientes. Momento em que, a PM foi acionada.
Para o Noticiando, com exlusividade, Daniel assumiu que estava armado mas negou todas as acusações. Por diversas vezes repetiu que não teria apontado a arma para nínguem e nem sacado a pistola.
Segundo ele, alguém teria lhe contatado e informado que sua esposa estaria no bar bêbada, o que o motivou a ir até o local para retirá-la imediatamente do espaço. Ao chegar, teria visto ela entrando no carro de um motorista de aplicativo, momento em que começou a discussão. Entre idas e vindas, ele negou que existam câmeras de segurança no espaço, depois voltou atrás dizendo que as imagens podem provar sua versão e acusou o dono do Galpão Bar & Bilhar de ter um “colúme” com os policiais, insunuando que ele teria sido favorecido pelos militares, com a chegada rápida da viatura.
Logo após conceder entrevista, Daniel recebeu a visita de uma equipe da Guarda Municipal de Belo Horizonte, que assumiu a frente da ocorrência para apurar o caso. O Subinspetor que acompanhou a ocorrência, preferiu não gravar entrevista, mas destacou que a GCM BH irá apurar com rigor o ocorrido e que um posicionamento oficial seria dado pela assessoria de imprensa do órgão, que se posicionou logo após a publicação desta reportagem.
Em nota, a Guarda Municipal de Belo Horizonte destacou que o agente estava de folga, no momento da confusão, e que a corregedoria da corporação já está acompanhando o caso.
Contudo, a GCM não respondeu aos questionamentos feitos pelo nosso jornalismo, como por exemplo, se o agente tinha o porte de arma de fogo, se poderia estar utilizando ela fora do ambiente de trabalho, se sofrerá alguma medida administrativa e se já possuía algum histórico de ocorrência parecida.
VEJA A NOTA NA ÍNTEGRA:
“A Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte (GCMBH) informa que um agente da corporação foi conduzido pela Polícia Militar à delegacia de Santa Luzia, após ocorrência em um restaurante daquela cidade, no domingo.
O servidor estava de folga na ocasião. A Corregedoria da Guarda Municipal está acompanhando o caso.”, finaliza o texto.